Há idéias que já vem prontas e parecem sempre ser boas, como por exemplo, viajar de férias, ser voluntário, trabalhar perto de casa, morar num bairro requintado, sair a noite para se divertir, namorar etc.
Suponhamos que você vá fazer uma viagem de 1 mês durante as férias. Você vai visitar a família numa cidade distante e que levará 3 dias de ônibus para ir – e 3 para voltar. Você irá com o marido e dois filhos pequenos. Chegando ao destino, após total exaustão física, a casa da família é pequena e todos tem que ficar aglomerados num mesmo quarto com cheiro de mofo. O clima está chuvoso e há um prédio em construção bem a frente de onde você está hospedado. O casamento já está desgastado e você e seu marido não param de brigar… Não vou seguir com o drama, mas está claro que o que quero dizer é que nem sempre uma viagem de férias será relaxante.
Um namoro pode trazer junto cobranças, ciúmes, repressões e incompatibilidades diversas. Para alguns, relações eventuais ou mesmo a inexistência de vínculos amorosos pode ser mais tranquilo do que cumprir todos os protocolos que um relacionamento exige.
Morar em um bairro bem conceituado pode ser um desastre se reunir situações que sejam inadequadas. Ex: contra-mão, muito barulhento ou muito ermo, carência de transporte público, muitas ladeiras, pouca iluminação, perto de um local violento, preços altos etc.
É comum ver gente indo a bares, festas e shows simplesmente porque é considerado algo que as pessoas sadias, joviais, legais e que aproveitam a vida fazem. O bar pode estar enfumaçado demais; a festa tocando só música chata e o show superlotado para o gosto do cidadão.Talvez fosse mais aliviante para esse indivíduo ficar em casa de pernas para o ar.
Tá certo que tem que se pagar para ver, mas seria mais proveitoso pagar por algo que se sente atraído, excitado, curioso e motivado, e não se deixar levar pela idéia de que algo é bom simplesmente porque recebe a etiqueta de bom.
A redução do estresse vem com a habilidade de avaliar cuidadosamente cada opção feita e se perguntar profundamente se é isso o que se realmente quer. A escolha tem que ser compatível com a natureza da pessoa e a situação que se está vivendo no momento.
Fonte: Restore Yourself – Edy Greenblatt