A árvore, para mim, representa entre inúmeras outras coisas, desafios, dificuldades, adaptabilidade forçada. Algo a qual se tem que acostumar na marra, pois não tem jeito. A árvore é o único ser vivo no baralho cigano, exceto o trevo e as plantas do jardim, que não pode se locomover, mas tem que sofrer constantemente inúmeras transformações e interferências de outros seres vivos e do ambiente.
A árvore está sujeita ao vento, ao frio, a chuva, a neve, aos furacões, ao calor, aos incêndios, ao verão, ao outono, à primavera, ao invernos, aos pássaros, aos ninhos dos pássaros, às cobras, aos macacos, aos ursos, às foices, às serras elétricas, aos vermes, aos musgos, aos xixis de cachorros, aos casais apaixonados que esculpem corações, aos homens. A árvore dá frutos ou flores e tem suas folhas em constantes mudanças. As árvores podem durar séculos… e todo esse tempo vivendo a cada dia a mercê desse movimento ininterrupto de mudanças, sem que possa sair do lugar. Sendo assim, vejo a árvore como um símbolo de resistência e de força. Se ela representa saúde, não é à toa… sobreviver a tudo isso requer muito vigor.
Um de seus significados é referente a incômodos, situações que requerem atenção no momento. Tratam-se das coisas do ambiente interferindo na pessoa, afetando seu estado de espírito ou seu corpo. São as circunstâncias as quais o sujeito se vê envolvido e tem que arranjar uma forma de lidar com aquilo, embora muitas vezes já não possa fazer mais nada, apenas se adaptar.