Curar-se depois do fracasso

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curar-se do fracasso

Quando os negócios desmoronam ou o indivíduo perde o emprego é comum que se veja pressionado a dar rapidamente a volta por cima…começar um empreendimento novo, mandar currículos, fazer planos… Há uma expectativa baseada em mitos de que o sujeito deve renascer das cinzas, lutar como um titã ou ter a sorte dos mocinhos de filmes, que apanham selvagemente, mas ainda conseguem se levantar, partir para o ataque e vencer.

Mas na verdade, o indivíduo está destruído, quebrado, deprimido, desmotivado, e ainda tem que carregar o rótulo de fracassado, despedido, falido, incompetente, ultrapassado…

Todas as curas precisam de tempo

Uma vez levei um tombo e machuquei o meu joelho. Foi um tombo insignificante, porém precisei de quase três meses até que pudesse me ajoelhar de novo. Também já quebrei o dedo mindinho do pé e tive que aturar quase seis meses de desconforto ao usar sapato fechado.

Então, quando se amarga uma grande derrota o melhor a se fazer é dar um tempo para se curar. Viver o luto. Até em batalhas os exércitos precisam recuar, se reagrupar, rever as táticas, recuperar o fôlego e, só então, voltar para o combate.

As perdas deixam o sujeito inseguro, frustrado, humilhado, triste, desnorteado, abatido, desenergizado, despersonalizado, preocupado, falido, dependente…(não necessariamente todas essas opções juntas). Fica difícil ter ânimo nessas condições!

A prevenção

Não… não há como se prevenir de perdas, acidentes ou coisas do gênero, mas existe algo que pode ajudar muito nesses momentos difíceis: o dinheiro(óbvio!) .

Não interessa se a verba vem do próprio esforço ou da generosa doação alheia, o fato é que num mundo capitalista não há caminhos sem que se tenha que pagar por algo… então, começar imediatamente a juntar a bufunfa evitará que se encare a dura verdade: sem dinheiro não há trégua!

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O que fazer?

O ideal é que se acumule dinheiro e bens(que possam ser vendidos), se cultive relacionamentos(que poderão dar suporte) e desenvolva aptidões e conhecimentos que possam servir de bico(uma renda provisória para que não se fique em total escassez).

É fundamental aproveitar enquanto se tem disposição(ânimo) e trabalho(emprego) para juntar os valores que permitirão que, após o revés, se possa deitar despreocupadamente na rede, debaixo de um coqueiro(ou na frente do computador, se preferir) e deixar que o tempo faça o milagre da regeneração.

 

Dicas de economia para relaxar no pós-apocalipse

A economia da sobrevivência
Os especialistas em finanças recomendam que para momentos de emergência é ideal que se tenha acumulado 6 vezes do quanto se gasta por mês, por exemplo: se há uma despesa mensal total de R$ 1.000,00 com alimentação, contas, aluguel… o indivíduo deve ter R$ 6.000,00 economizados e intocáveis, pois são eles que permitirão um alívio enquanto se recupera da ruína.
A economia para assalariados
O melhor seria acumular 12 vezes o valor dos gastos se a pessoa é assalariada, com bom emprego, boa formação e atua numa área com abundância de ofertas de trabalho. No caso do exemplo acima(com despesas de R$ 1.000,00 ao mês), o indivíduo deveria ter R$ 12.000,00 intocáveis.
A economia para autônomos
Mas, se o sujeito é autônomo, não tem vínculo empragatício, atua numa área com poucas ofertas de trabalho e não tem uma formação sólida, o ideal seria que conseguisse acumular 20 vezes o valor de seus gastos mensais, que pelo exemplo seria de R$ 20.000,00.

Por: Helô de Castro

Fonte de economia: Como organizar sua vida financeira- Gustavo Cerbasi

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