Ao interpretarmos um método num jogo de Baralho Cigano, qualquer que seja, a melhor alternativa é tirar para cada posição duas cartas, de maneira que uma represente o fato em si(o tema da carta que sai) e a outra uma energia, uma natureza, uma ação etc.
O sorvete e a calda
Um sorvete, por exemplo, seria o fato em si. Porém, sobre esse sorvete você pode colocar caldas de sabores variados, castanhas, passas, chantilly, Marshmallow etc. Esses elementos representariam a influências sobre o sorvete.
Um mesmo sorvete de chocolate pode ter sabor e textura diferentes devido aos componentes que colocamos nele.
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Não é água e óleo
A medida que o sorvete vai derretendo, a calda vai se incorporando a ele até virarem uma coisa só. Com as duplas no Baralho Cigano acontece o mesmo. Não dá para fazer a leitura como se fossem água e óleo.
O método
Ultimamente venho dando preferência por usar a segunda carta como o sorvete(tema) e a primeira como a calda(energia aplicada à carta 2). Ou a de baixo como o sorvete e a de cima a calda.
Observação
O fato de ser melhor, para mim, com duas cartas(em par), não quer dizer que não há possibilidade de um bom resultado com uma única lâmina. É claro que sim. Mas, convenhamos, que ocorrem situações que ficamos a ver navios, sem ideia a que uma carta se refere e, por isso, duas cartinhas dão uma ajuda e tanto.
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Exemplo 1:
Chave-Cruz
Na conjunção Chave-Cruz, por esse método, é possível dizer que a Cruz, como segunda carta significa emperramentos, dificuldades, limitações etc. Mas, com a Chave dando o tom(a ação, o domínio, a sua energia), presume-se que a pessoa começa a achar soluções para seus problemas. Movimento e saídas ocorrem na vida da pessoa.
Já…
Cruz-Chave
Já com Cruz-Chave, as ideias, soluções e aberturas que compõem o tema da chave ficam amarradas a algum tipo de dificuldade. E, mesmo que haja uma solução, ela virá com sacrifícios, restrições e perdas. Ou a solução vem involuntariamente, pelo próprio destino.
Observe, que aqui(Chave-Cruz e Cruz-Chave), o sorvete não se mistura tanto com a calda, de forma que os papéis ficam bem definidos.
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Exemplo 2:
Coração-Torre
Nessa conjunção a Torre pode, por exemplo, ser um apartamento. Já o Coração é o teu sentimento em relação a esse apartamento. Então, a primeira carta seria os sentimentos, os pensamentos, as ações relacionadas ao tema. Ou seja, sobre os temas da Torre(progresso, futuro, mente, instituição) investe-se ânimo, vontade, disposição. Com isso é provável que a pessoa esteja com suas emoções voltadas para esse apartamento. Há também a possibilidade de empolgação a fim de ir a um local, cidade, templo, prédio etc.
Esse é um exemplo meu da semana em que me mudei. O Coração não fala só de sentimentos bons, mas antes de tudo ele diz que suas emoções estão voltadas para algo. Mas, obviamente, também há a felicidade em relação ao assunto, que nesse caso foi ligado ao apartamento.
É possível que ocorra algo bom em relação a vida espiritual/religiosa. Também pode designar uma certa abertura e algum tipo de exposição emocional e social.
Já…
Torre-Coração
Nessa circunstância, o ânimo, motivação e emoção da pessoa estão incorporados pelo sentido de evolução e desenvolvimento que a torre impõe. Sendo assim, a pessoa faz muitos planos e está aberta ao progresso e a melhoria de sua aparência, por exemplo. Também pode ser o aumento de um problema cardíaco ou algo que afeta intensamente seu estado emocional.
Observe, que aqui, o sorvete se mistura muito com a calda , e isso torna ambas as conjunções(Coração/Torre e Torre/Coração) bem parecidas.
Numa próxima postagem vou mostrar situação semelhante entre as cartas Raposa e livro.
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