Estupro na velhice

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Mulheres velhas também são estupradas. O número de ocorrências é bem inferior aos das mulheres mais jovens, entretanto esse valor pode estar subestimado devido ao contrangimento que a vítima tem em relatar a agressão.

Perfis da vítima e agressor

Os estupros na velhice ocorrem predominantemente em mulheres. No geral, as vítimas são violentamente espancadas e é comum que sejam também roubadas. O sexo vaginal é a prática mais comum.

Muitas são escolhidas por serem consideradas alvos fáceis, pois suas condições físicas podem dificultar uma reação mais agressiva, além do fato de que muitas moram sozinhas.

A maioria é estuprada em sua própria casa.

Os estupradores em geral são homens jovens e solteiros. É comum que tenham dificuldades em lidar com tarefas básicas do cotidiano e são provenientes de famílias desestruturadas, onde quase sempre faltava respeito, admiração e amor na relação com os pais.

Os agressores não costumam ser conhecidos da vítima e muitos dizem que não tinham a intenção de estuprar, foi um ato impulsivo.

Geralmente, os agressores não são denunciados ou condenados.

As consequências para a vítima

A recuperação da vítima é prejudicada devido a sua condição física, social e econômica, que na maioria das pessoas idosas já costuma ser escassa.

É mais suscetível ao trauma físico e pode adquirir sequelas graves em decorrência da força do ataque.

Pode ter menos amigos íntimos que ajudem a lidar com a dor, a angústia e o estresse.

Uma mentalidade mais conservadora e pudorosa pode contribuir para que veja a situação como vergonhosa e tenha dificuldade em relatar detalhes do abuso(ou mesmo denunciar).

Há um enorme constrangimento em descrever para a polícia certos atos sexuais a que foi submetida.

Há o aumento do sentimento de desamparo e a mortalidade pode ser acelerada em decorrência disso.

Se for roubada, pode perder bens que têm importante significado na história de sua vida.

A perda de dinheiro pode comprometer a capacidade de se sustentar.

As limitações financeiras podem impedir que se mude, por exemplo, em caso de se sentir muito insegura e traumatizada em permanecer no local do assalto(caso tenha sido em sua residência).

Alguns deficiências físicas e cognitivas(visão e memória, por exemplo), podem dificultar a investigação da polícia, já que atrapalham na identificação do suspeito.

Tem que lidar com o sistema judiciário que é confuso, demorado e oneroso.

Ainda tem que lidar com a insensibilidade das pessoas que debocham do fato de um homem ter violentado uma velha, como se ela fosse tão insignificante que seu estupro só pode ser considado um ato de loucura ou estupidez do estuprador.

Fonte: Men who rape – de A. Nicholas Groth e H. Jean Birnbaum

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